
Washington, 22 de setembro de 2025 – O presidente Donald Trump e o secretário de Saúde dos EUA, Robert F. Kennedy Jr., anunciaram nesta segunda-feira (22) novas recomendações sobre o uso do analgésico Tylenol (acetaminofeno) durante a gravidez. O governo orienta que gestantes evitem o medicamento, a menos que seja estritamente necessário, citando pesquisas que sugerem uma possível relação entre o uso pré-natal do fármaco e casos de autismo em crianças.
A decisão foi apresentada em um evento em Mount Vernon, Virgínia, no último sábado (20), e oficializada nesta segunda-feira. Trump afirmou: “Tomar Tylenol não é bom… não tomem Tylenol”, defendendo que o uso do analgésico deve ser restrito apenas a situações de real necessidade, como febres altas ou dores intensas, e sempre sob a orientação de um médico.
Estudos e recomendações
Segundo o governo, análises recentes indicam que o consumo frequente de acetaminofeno durante a gestação pode estar associado a um risco maior de transtornos do neurodesenvolvimento, incluindo autismo e TDAH. A FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA) deve iniciar processos para atualizar os rótulos do medicamento com novas advertências voltadas às gestantes.
Reações da indústria e especialistas
A fabricante Kenvue, responsável pelo Tylenol, contestou as conclusões e reforçou que não há evidências científicas que comprovem uma relação causal entre o uso do medicamento durante a gravidez e o autismo. A empresa afirmou ainda que o acetaminofeno é considerado seguro há décadas quando utilizado conforme orientação médica e dentro das doses recomendadas.
Especialistas em saúde materno-infantil também manifestaram cautela, lembrando que os estudos até agora mostram apenas correlações e não provas definitivas. Médicos ressaltam ainda que evitar completamente o uso pode trazer riscos, já que febres não tratadas durante a gravidez também podem afetar o desenvolvimento do feto.
Impacto e próximos passos
O anúncio deve gerar repercussões globais. Autoridades de saúde em outros países aguardam mais detalhes científicos para avaliar se adotarão medidas semelhantes. Enquanto isso, a recomendação oficial é que gestantes conversem com seus médicos antes de usar qualquer medicamento e acompanhem as novas orientações de órgãos de saúde.http://jornalfactual.com.br