
Ex-presidente dos EUA revela proposta para cessar fogo, desarmamento do Hamas e reconstrução da Faixa de Gaza; comunidade internacional reage com cautela.
Em 29 de setembro de 2025, Donald Trump apresentou um plano de paz ambicioso para a Faixa de Gaza, acompanhado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. O objetivo declarado é pôr fim à guerra entre Israel e o Hamas, aliviar a crise humanitária e estabelecer uma estrutura de governança transitória no território palestino.
Segundo especialistas, o plano tem caráter extremamente controverso, por envolver medidas de desarmamento forçado, controle internacional temporário e a reconstrução de uma região devastada.
Principais pontos do plano
- Desarmamento do Hamas:
O grupo deve entregar todas as armas e abrir mão de capacidades militares. O cumprimento é condição para qualquer cessar-fogo. - Libertação de reféns:
Todos os reféns detidos pelo Hamas deveriam ser liberados em até 72 horas após a assinatura do acordo. - Cessar-fogo imediato:
Se aceito, o plano prevê suspensão das hostilidades e retirada das tropas israelenses das áreas urbanas de Gaza. - Governança transitória internacional:
Um comitê tecnocrático, supervisionado por uma entidade internacional e presidido por Trump, assumiria a administração temporária do território, com participação de figuras como Tony Blair. - Reconstrução e ajuda internacional:
Inclui reconstrução de infraestruturas, assistência humanitária e possível criação de zonas econômicas especiais. - Reformas políticas de longo prazo:
Apesar de não reconhecer imediatamente um Estado palestino, o plano propõe reformas na Autoridade Palestina e abertura para autogoverno futuro se determinadas condições forem cumpridas.
Reações imediatas
- Israel: Netanyahu aprovou a proposta, ressaltando que a ação militar continuará caso o Hamas não aceite os termos.
- Hamas: Até o momento, o grupo não confirmou adesão, levantando dúvidas sobre a implementação do plano.
- Comunidade internacional: Alguns líderes árabes criticaram a proposta, especialmente pelo risco de deslocamento populacional e pela interferência externa na governança de Gaza.
Desafios e controvérsias
- Deslocamento da população: A possibilidade de realocação de habitantes para Egito ou Jordânia gerou críticas de líderes palestinos e defensores de direitos humanos.
- Legitimidade da administração: A governança transitória internacional levanta dúvidas sobre representatividade e soberania local.
- Aceitação do Hamas: Sem o aval do grupo, o plano dificilmente será aplicado plenamente.
- Complexidade logística: Reconstruir Gaza exige coordenação internacional massiva, financiamento e garantias de segurança.
Possíveis desdobramentos
Se aceito pelo Hamas, poderia haver cessar-fogo imediato e início de reconstrução com apoio internacional. Se rejeitado, há grande risco de continuidade das operações militares e agravamento da crise humanitária.
Especialistas alertam que mesmo uma adesão formal não garante sucesso sem monitoramento constante, apoio de vizinhos e decisões políticas delicadas sobre quem de fato governa Gaza.
Conclusão
O plano de paz de Trump para Gaza é ambicioso e cheio de polêmicas. Busca cessar hostilidades e reconstruir o território, mas enfrenta obstáculos políticos, humanitários e diplomáticos. A grande incógnita permanece: quem vai aceitar e em que condições, e se há real vontade internacional e regional de transformar a proposta em realidade.
