O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, demonstrou forte indignação após ter sua locomoção limitada nos Estados Unidos, o que, segundo ele, inviabilizou sua participação presencial na Assembleia Geral da ONU, em Nova York.
Padilha, que esteve à frente da coordenação nacional de enfrentamento à pandemia de Covid-19, afirmou que a medida representa um obstáculo diplomático grave e um desrespeito à representação brasileira. Ainda assim, destacou que a defesa da ciência e das vacinas seguirá sendo levada à comunidade internacional.
“Eles até podem impedir a presença do ministro, mas a ideia de defesa da ciência, vacina, isso eles não vão impedir”, declarou.
A ausência de Padilha em Nova York foi sentida pelo governo brasileiro, já que ele seria um dos responsáveis por reforçar a narrativa do país na área de saúde global e no combate à desinformação. Fontes próximas ao ministro afirmam que a restrição teria sido imposta por questões burocráticas ligadas a vistos e autorizações internas dos EUA.
Apesar do contratempo, Padilha afirmou que seguirá participando dos debates por meio de canais virtuais e manterá diálogo com delegações internacionais. “O Brasil não deixará de reafirmar sua posição em defesa da ciência, das vacinas e da cooperação multilateral, seja presencialmente ou de forma remota”, reforçou.
A Assembleia Geral da ONU ocorre em um momento delicado, em que o papel da ciência na formulação de políticas públicas voltou ao centro do debate mundial. Para o governo brasileiro, a ausência de um de seus principais porta-vozes nesse tema não enfraquece a posição do país, mas evidencia, segundo interlocutores, a necessidade de rever protocolos de participação de autoridades em organismos internacionais.http://jornalfactual.com.br








