
Apesar de ocupar a posição de terceiro maior produtor mundial de frutas, o Brasil amarga apenas o 31º lugar no ranking de exportadores globais. O motivo está nas tarifas impostas pelos Estados Unidos, que criam uma barreira significativa para o setor e reduzem drasticamente a competitividade do produto brasileiro no mercado internacional.
O contraste entre o potencial produtivo e o desempenho exportador chama a atenção. O país conta com vastas áreas de cultivo, diversidade de frutas tropicais e condições climáticas favoráveis. Ainda assim, perde espaço para concorrentes menores, mas que encontram portas abertas nos EUA devido a acordos comerciais mais vantajosos.
Especialistas alertam que a situação gera um ciclo perverso: enquanto a produção cresce e enfrenta desafios de escoamento no mercado interno, as barreiras internacionais impedem a expansão das vendas externas, limitando os ganhos do setor.
Para produtores e associações ligadas à fruticultura, o bloqueio tarifário imposto pelos EUA não é apenas um obstáculo econômico, mas também um sinal de fragilidade diplomática do Brasil nas negociações comerciais.
O impacto recai sobre toda a cadeia produtiva: desde agricultores familiares, que encontram dificuldades para competir, até grandes exportadores que veem lucros escoarem pelo ralo em função de impostos elevados e perda de espaço no mercado global.
Agora, o setor pressiona o governo brasileiro a buscar acordos bilaterais e alternativas de mercados emergentes, antes que a situação se torne ainda mais irreversível.http://jornalfactual.com.br