
O Banco Central anunciou uma mudança que vai mexer com o bolso de muita gente: a partir de agora, todas as transferências via Pix e TED terão um limite máximo de R$ 15 mil por operação. A medida, segundo a autoridade monetária, tem como objetivo aumentar a segurança das transações e reduzir riscos de fraudes, mas já provoca reações entre empresários, consumidores e especialistas do setor financeiro.
A nova regra vale para contas físicas e jurídicas, e qualquer transação que ultrapasse o limite deverá ser feita em parcelas menores ou por meio de outros instrumentos financeiros. O BC afirma que a medida é preventiva e pretende evitar movimentações suspeitas e crimes digitais, sem restringir a capacidade de operação da maioria dos usuários.
Especialistas apontam, no entanto, que a medida pode impactar empresas e profissionais liberais, que dependem de transferências de alto valor para pagamentos de fornecedores, salários ou investimentos. “Para pessoas físicas, o impacto é mínimo, mas empresas que movimentam grandes quantias precisarão se adaptar rapidamente”, explica a economista Ana Carvalho, consultora de finanças corporativas.
O BC garante que a decisão não é definitiva e que haverá avaliação constante sobre os efeitos dessa limitação, podendo haver ajustes em casos específicos. Além disso, clientes que precisarem movimentar valores acima do teto podem recorrer a soluções alternativas, como DOC, TED múltiplo ou transferências agendadas, desde que sigam a regulamentação.
Para o usuário comum, a medida serve como um alerta para planejar melhor os pagamentos e evitar surpresas. As instituições financeiras também deverão reforçar mecanismos de monitoramento e alertas para garantir que as operações acima do limite não sejam concluídas automaticamente.
A medida do Banco Central integra um pacote de ações mais amplo, focado em segurança digital, prevenção à lavagem de dinheiro e combate a fraudes eletrônicas, temas que têm ganhado cada vez mais atenção no Brasil e no mundo.http://jornalfactual.com.br