Iniciativas de universidades e centros de pesquisa colocam o país na rota da tecnologia quântica, com impactos em saúde, clima e inteligência artificial.
O Brasil dá passos importantes rumo à era quântica. Universidades, centros de pesquisa e programas públicos estão desenvolvendo laboratórios e projetos para computação quântica, capazes de acelerar pesquisas em medicina, mudanças climáticas e inteligência artificial. Especialistas afirmam que o país está construindo a base científica e tecnológica para se tornar competitivo globalmente nesta área emergente.
O Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), com apoio da FINEP, está construindo um laboratório de Tecnologias Quânticas, voltado à fabricação de protótipos de chips quânticos e componentes eletrônicos. O laboratório deve estar concluído em 2025, marcando um passo estratégico para o desenvolvimento científico nacional.
A FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) lançou, em 2025, um programa de aproximadamente R$ 31 milhões para acelerar pesquisas, formar recursos humanos especializados e fortalecer a liderança do Brasil em tecnologias quânticas.
No setor privado, parcerias como a da Venturus com a QuEra Computing, iniciada em 2024, visam criar um Centro de Excelência em computação quântica em São Paulo, ampliando a pesquisa aplicada e potencializando startups e inovação tecnológica.
Segundo especialistas, esses esforços devem permitir simulações mais precisas em medicina, acelerando a descoberta de novos medicamentos, e em previsão climática, oferecendo modelos mais confiáveis para enfrentamento de desastres naturais. Além disso, algoritmos de inteligência artificial podem se tornar significativamente mais eficientes com o uso da computação quântica.
O setor educacional acompanha de perto: universidades planejam cursos de engenharia quântica e física aplicada, preparando profissionais capacitados para atuar em laboratórios e indústrias de tecnologia avançada.
💡 Curiosidade:
Um computador quântico utiliza qubits, que podem representar múltiplos estados simultaneamente, permitindo processar bilhões de possibilidades ao mesmo tempo, diferentemente dos computadores tradicionais que trabalham com 0s e 1s.
🚀 O Futuro Próximo:
Espera-se que, nos próximos anos, laboratórios brasileiros desenvolvam protótipos cada vez mais avançados, atraindo investimentos e fortalecendo o país como polo de inovação tecnológica na América Latina.
📊 Em números:
Investimento FAPESP: R$ 31 milhões (2025)
Laboratório CBPF: conclusão prevista em 2025
Parceria Venturus + QuEra: iniciada em 2024
Pesquisadores envolvidos em iniciativas nacionais: dezenas, com expansão prevista
“Embora ainda estejamos na fase de desenvolvimento de laboratórios e protótipos, o Brasil está criando uma infraestrutura robusta e formando talentos para competir globalmente na computação quântica”, afirma o professor Felipe Fanchini, especialista em física aplicada.http://jornalfactual.com.br







