
A Polícia Federal realizou uma operação histórica na Bahia e prendeu um dos maiores traficantes de animais silvestres do país, responsável por abastecer o mercado clandestino com espécies raras e ameaçadas de extinção.
O homem, apontado como peça-chave de uma rede criminosa que movimentava milhares de reais, mantinha um verdadeiro quartel-general do tráfico: centenas de aves, répteis e até mamíferos estavam em cativeiro, muitos deles em condições de extremo sofrimento.
Segundo as investigações, a quadrilha capturava animais em áreas de preservação da Caatinga e da Mata Atlântica, enviando-os para colecionadores e compradores clandestinos em diversos estados e até fora do Brasil. A rede criminosa funcionava de forma organizada, com caçadores, transportadores e atravessadores, numa estrutura comparada a facções de tráfico de drogas.
Um crime contra o país e contra o futuro
O tráfico de animais silvestres é o terceiro maior comércio ilegal do mundo, atrás apenas do tráfico de drogas e armas. No Brasil, especialistas alertam que essa prática empurra espécies para a beira da extinção e destrói ecossistemas inteiros. Além disso, o contato irregular entre animais e humanos aumenta o risco de novas doenças.
“Cada animal retirado da natureza significa uma cadeia de destruição. Esse tipo de crime não é apenas contra o meio ambiente, mas contra toda a sociedade”, destacou um agente ambiental envolvido na operação.
A prisão é considerada um duro golpe contra o tráfico, mas autoridades reconhecem que a luta está longe de acabar. A cada ano, milhões de animais são retirados de seus habitats no Brasil para abastecer esse mercado cruel e lucrativo.
O suspeito preso vai responder por crimes ambientais, maus-tratos e associação criminosa. A pena pode ultrapassar 10 anos de prisão.http://jornalfactual.com.br