Por Factual — 3 de novembro de 2025 (segunda-feira)
A revolução da inteligência artificial deixou de ser uma promessa futurista e virou uma corrida bilionária em tempo real. Corporações, governos e startups estão travando uma maratona sem linha de chegada, onde cada avanço pode redefinir o poder econômico e tecnológico mundial. O prêmio? O domínio da próxima grande infraestrutura da civilização digital: a inteligência artificial generativa.
O ponto de partida
Desde 2022, quando os primeiros modelos generativos como ChatGPT, DALL·E e Midjourney explodiram em popularidade, uma avalanche de investimentos começou. Em poucos meses, as Big Techs perceberam que não estavam competindo por “produtos”, mas por hegemonia cognitiva — o controle das plataformas que “pensam”, criam e decidem.
Microsoft, Google, Amazon, Meta e Apple entraram numa corrida que já ultrapassa a casa de US$ 1 trilhão em valor de mercado combinado. Só a OpenAI, por exemplo, viu seu valuation estimado saltar para US$ 150 bilhões em 2025, impulsionando o mercado a girar em torno de uma ideia: quem dominar a IA, dominará o futuro.
A corrida de bastidores
A maratona não é apenas de velocidade — é de energia, talento e infraestrutura.
- Data centers se tornaram os novos poços de petróleo: quem tem mais GPUs (as placas de processamento usadas por IA), tem poder.
- Energia elétrica virou recurso estratégico; estima-se que a IA consuma mais energia em 2026 do que alguns países médios da Europa.
- Modelos abertos vs. fechados: Hugging Face, Mistral e Anthropic desafiam gigantes com sistemas abertos, enquanto OpenAI e Google apostam em ecossistemas fechados e ultra rentáveis.
O novo mapa do poder

Não é mais uma corrida entre empresas — é uma corrida entre civilizações.
- Os EUA querem manter a liderança com o domínio de chips e software.
- A China, com Baidu e Tencent, busca independência tecnológica total.
- A União Europeia tenta equilibrar inovação e ética, criando regulações pioneiras, mas que podem desacelerar seu ritmo.
Enquanto isso, países emergentes começam a se inserir nessa maratona através de iniciativas locais e IA soberanas, buscando não ficar reféns dos modelos estrangeiros.
O destino da corrida
Especialistas apostam que, nos próximos 5 anos, as empresas que liderarem o desenvolvimento de IA generalista (AGI) serão as primeiras a ultrapassar a marca simbólica de US$ 1 bilhão por semana em receita direta de IA.
Mas o verdadeiro prêmio vai além do dinheiro: é o controle da linguagem, da informação e da percepção. A IA se tornou o novo campo de batalha da influência global — e essa maratona está longe de terminar.http://jornalfactual.com.br







