Farmácias vazias, preços em alta e dependência externa expõem falhas graves na saúde
O Brasil enfrenta uma tempestade perfeita na área da saúde: aumento dos preços, prateleiras vazias e dependência quase total de insumos importados. A crise dos medicamentos já atinge milhões de brasileiros e ameaça o funcionamento do SUS.
Números que assustam
- 82% dos municípios brasileiros sofreram desabastecimento em 2024 (CNM)
- R$ 20 bilhões é o déficit na balança comercial de insumos farmacêuticos (Ministério da Saúde, 2024)
- 90% dos insumos ativos vêm da China e Índia (Ministério da Saúde)
- 1.436 toneladas de insumos foram produzidas no Brasil em 2024 — crescimento de 8,9%, mas insuficiente (Abradilan)
- Reajuste médio de preços em 2025: 3,83% (menor em 8 anos) (Anvisa)
- Inflação de medicamentos hospitalares: 4,18% em abril de 2025 e 5,03% em 12 meses (FipeBionexo)
Impacto no dia a dia
- Pacientes do SUS encontram farmácias sem antibióticos e antitérmicos.
- Hospitais públicos relatam adiamento de cirurgias por falta de anestésicos.
- Famílias de baixa renda precisam escolher entre comprar comida ou remédios.
Dependência Externa
Mais de 90% dos insumos farmacêuticos ativos são importados.
A maioria dos 37 fabricantes nacionais de IFAs está no Sudeste e Sul, incapazes de atender a demanda.
China e Índia controlam o fornecimento, tornando o Brasil vulnerável ao câmbio e crises globais.
Caminhos possíveis
- Incentivar a produção nacional de IFAs com crédito e subsídios.
- Reforçar o programa Farmácia Popular, ampliando acesso a genéricos.
- Criar estoques estratégicos para emergências.
- Investir em fitoterápicos e inovação local, fortalecendo a rede SUS.
O Brasil vive uma crise de medicamentos que não pode mais ser ignorada. De cada dez municípios, oito já sofrem com falta de remédios. Sem fortalecer a produção nacional e proteger o acesso da população, o país seguirá refém do mercado externo e deixando milhões de brasileiros em risco.http://jornalfactual.com.br








