
O tabagismo continua sendo um dos maiores problemas de saúde pública no Brasil e no mundo. No Dia Nacional de Combate ao Fumo, lembrado nesta quinta-feira (29), especialistas reforçam a importância da prevenção, do apoio aos dependentes e da conscientização sobre os danos provocados pelo cigarro e seus derivados.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), mais de 160 mil pessoas morrem por ano no Brasil em decorrência do uso do tabaco. Entre as principais doenças associadas estão o câncer de pulmão, boca, garganta, bexiga e pâncreas, além de enfisema pulmonar, infarto e AVC.
Um inimigo silencioso
O cigarro contém mais de 4.700 substâncias tóxicas, sendo pelo menos 70 cancerígenas. Mesmo quem não fuma, mas convive com fumantes, está exposto ao chamado “fumo passivo”, responsável por milhares de mortes anuais. Crianças e idosos estão entre os mais vulneráveis.
Avanços e desafios
O Brasil é considerado referência mundial no combate ao tabagismo, com medidas como a proibição da propaganda de cigarros, advertências nas embalagens e ambientes 100% livres de fumo. Essas ações ajudaram a reduzir pela metade o número de fumantes nas últimas três décadas.
Porém, um novo desafio se apresenta: os cigarros eletrônicos e dispositivos de tabaco aquecido. Apesar de proibidos pela Anvisa, esses produtos ganharam popularidade, principalmente entre os jovens, e já preocupam médicos por causar dependência precoce e danos pulmonares graves.
Conscientização é a chave
Para especialistas, falar sobre os riscos do tabagismo é essencial para proteger as próximas gerações. “O cigarro não é sinônimo de estilo de vida, e sim de doença e morte evitáveis. Precisamos combater as novas formas de propaganda e apoiar quem quer largar o vício”, destaca um pneumologista ouvido pela reportagem.https://jornalfactual.com.br/