O uso das chamadas “canetas emagrecedoras” tem transformado o tratamento da obesidade no Brasil e já impacta diretamente na área da cirurgia bariátrica. Segundo especialistas, o número de procedimentos cirúrgicos para redução do estômago caiu pela metade nos últimos dois anos, reflexo do avanço e da popularização dos medicamentos injetáveis à base de semaglutida e similares.
Esses fármacos, aplicados semanalmente, atuam diretamente na regulação do apetite e do metabolismo, promovendo perda de peso significativa em muitos pacientes sem a necessidade de intervenção cirúrgica. “Estamos diante de uma mudança de paradigma. Muitos pacientes que antes seriam candidatos naturais à bariátrica, hoje conseguem controlar a obesidade apenas com o uso das canetas”, explica o cirurgião bariátrico Dr. [Nome do especialista], em entrevista.
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica confirma a tendência de queda e ressalta que o perfil dos pacientes também mudou: “Hoje a cirurgia vem sendo indicada quase que exclusivamente para casos graves ou em que o tratamento medicamentoso não trouxe os resultados esperados”, afirma a entidade.
Apesar do entusiasmo com a nova tecnologia, médicos reforçam que o uso das canetas deve ser acompanhado por profissionais de saúde e estar aliado a mudanças no estilo de vida, incluindo alimentação balanceada e prática de exercícios físicos.
“O medicamento é um divisor de águas, mas não é mágica. Ele funciona como ferramenta poderosa, especialmente quando somado a hábitos saudáveis. Ainda assim, há situações em que a cirurgia continuará sendo necessária”, destaca o cirurgião.
Com o crescimento do uso das canetas emagrecedoras, especialistas acreditam que o futuro da bariátrica será cada vez mais restrito a casos específicos, enquanto a medicina caminha para soluções menos invasivas e com maior adesão dos pacientes.http://jornalfactual.com.br






