Em apenas quatro décadas, a maior floresta tropical do planeta sofreu uma devastação sem precedentes. A Amazônia perdeu, nesse período, uma área de vegetação nativa equivalente ao território da França — um alerta global sobre os riscos do avanço do desmatamento e da degradação ambiental.
Segundo dados de monitoramento ambiental, a expansão da agropecuária, a exploração ilegal de madeira e a mineração estão entre os principais motores dessa destruição. Embora políticas de preservação tenham freado o ritmo em alguns momentos, a pressão sobre a floresta segue intensa e coloca em xeque a sobrevivência de comunidades tradicionais, povos indígenas e a própria estabilidade climática do planeta.
Especialistas apontam que a perda da cobertura vegetal não se limita a impactos locais. A Amazônia é responsável por regular o regime de chuvas em boa parte da América do Sul e desempenha papel crucial no equilíbrio de carbono global. O enfraquecimento desse ecossistema aumenta os riscos de secas extremas, crises hídricas, redução da biodiversidade e aceleração das mudanças climáticas.
O dado é simbólico: em 40 anos, o “pulmão do mundo” encolheu uma França inteira. E os cientistas alertam — caso o desmatamento não seja controlado, a Amazônia pode atingir um ponto de não retorno, transformando vastas áreas de floresta em savana degradada.
Governos, organizações internacionais e a sociedade civil discutem alternativas, como a valorização da bioeconomia, investimentos em cadeias produtivas sustentáveis e mecanismos de compensação financeira por serviços ambientais. O desafio, porém, é fazer com que essas soluções deixem o papel e se traduzam em ações efetivas antes que a floresta se torne apenas uma memória.http://jornalfactual.com.br








