
Ataques de grupos armados deixam rastros de destruição, deslocamento e luto em igrejas e comunidades; mundo assiste em silêncio.
Na última década, a Nigéria tornou-se palco de uma das mais brutais perseguições religiosas do século XXI. Estima-se que mais de 20 mil cristãos tenham sido assassinados, vítimas de ataques coordenados por grupos jihadistas e milícias armadas, como Boko Haram, ISWAP e pastores Fulani.
A violência não se limita às mortes: mais de 19 mil igrejas foram destruídas, milhares de comunidades foram deslocadas e famílias inteiras perderam lares e entes queridos. Em 2025, a média diária de mortes chegou a 30 cristãos, muitos deles refugiados em missões e escolas religiosas.

O “massacre silencioso”, como líderes religiosos internacionais chamam, deixa marcas profundas não só na fé, mas na vida social e econômica de regiões inteiras do sudeste e centro da Nigéria. O mundo observa, em grande parte, de forma passiva, enquanto relatos de bispos locais descrevem uma “maré de sangue” crescente e impune.
Especialistas alertam que a situação exige atenção global urgente. A resposta do governo nigeriano tem sido criticada por sua ineficiência, e organizações humanitárias pedem intervenção internacional imediata para proteger civis e restaurar a segurança em áreas vulneráveis.

Para as vítimas, a fé continua sendo um farol em meio ao terror. Mas, para o mundo, o alerta é claro: o silêncio diante da perseguição pode custar milhares de vidas a mais.http://jornalfactual.com.br