
Bloco sul-americano e países europeus alinham tratado que amplia mercados, reduz tarifas e fortalece relações estratégicas.
O Mercosul e a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), formada por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein, darão um passo histórico no próximo dia 16 com a assinatura oficial do acordo de livre-comércio entre os dois blocos. A medida é considerada um marco nas relações econômicas internacionais do Brasil e dos demais países do Mercosul.
O tratado prevê a redução gradual de tarifas em setores estratégicos, abertura de mercados para produtos agrícolas e industriais e maior integração em áreas como serviços, investimentos e propriedade intelectual. Estima-se que, uma vez em vigor, o pacto possa impulsionar as exportações brasileiras em bilhões de dólares, sobretudo em segmentos como carnes, soja, celulose, calçados e manufaturados.
Autoridades de ambos os lados destacam que o acordo vai além da dimensão econômica, fortalecendo também a cooperação política e regulatória. “Trata-se de um compromisso de longo prazo que aumenta a previsibilidade e cria novas oportunidades de negócios”, afirmou um negociador europeu.
Para o Brasil, o avanço ocorre em um momento estratégico, com o país buscando diversificar destinos de exportação e reforçar seu papel como ator relevante no comércio internacional. O entendimento com a EFTA também é visto como um passo complementar às negociações com a União Europeia, ainda em debate.
Com a assinatura marcada, especialistas avaliam que o tratado poderá servir como modelo para futuras parcerias do Mercosul, projetando o bloco sul-americano como protagonista em um cenário global cada vez mais competitivo.http://jornalfactual.com.br