
O mercado de trabalho brasileiro segue em ritmo acelerado e trouxe, no segundo trimestre de 2025, um dos melhores resultados da série histórica da PNAD Contínua/IBGE. A taxa de desocupação caiu para 5,8%, o menor patamar desde 2012, colocando o país cada vez mais próximo do chamado “pleno emprego”.
Menos desemprego, mais ocupação
Atualmente, 6,3 milhões de brasileiros estão sem trabalho — número expressivo, mas o mais baixo em mais de uma década. Ao mesmo tempo, a população ocupada chegou a 102,3 milhões de pessoas, um recorde.
O rendimento médio real também bateu marca histórica: R$ 3.477, o maior para o período. Já a massa de rendimentos — ou seja, a soma de toda renda gerada pelos trabalhadores — alcançou o maior nível desde o início da pesquisa.
Desemprego por estado
Embora o cenário seja positivo em todo o Brasil, as diferenças regionais continuam marcantes:
- Santa Catarina, Rondônia e Mato Grosso têm algumas das menores taxas, todas abaixo de 3%.
- São Paulo caiu para 5,1% e o Rio de Janeiro para 8,1%.
- No Nordeste, o quadro é mais desafiador: Bahia (9,1%) e Pernambuco (10,4%) ainda lideram os índices de desocupação, embora em queda.
O que vem pela frente
Projeções de institutos como a Trading Economics indicam que o desemprego deve se manter em torno de 6% em 2026. A tendência é de estabilidade, com espaço para avanços se o crescimento do emprego formal continuar acelerando.
No entanto, especialistas alertam: a desigualdade regional ainda é um obstáculo. Estados mais frágeis economicamente e dependentes da informalidade podem enfrentar maior vulnerabilidade diante de choques econômicos.
Sinal de confiança
Com mais pessoas empregadas e renda em alta, o Brasil caminha para consolidar uma fase de maior dinamismo econômico. O desafio agora é garantir que os avanços cheguem a todos os cantos do país e reduzam as desigualdades históricas.http://jornalfactual.com.br