
Em Nova York, durante a Cúpula do Clima da ONU, o Brasil apresentou um pacote de soluções de financiamento climático que pretende destravar recursos para projetos de preservação ambiental e transição energética. A proposta foi destacada por representantes do governo brasileiro como um dos pilares da estratégia nacional para cumprir metas de descarbonização e, ao mesmo tempo, estimular o desenvolvimento sustentável.
Entre as medidas, ganharam destaque o Fundo Amazônia, que voltou a receber aportes internacionais após anos de paralisação, e a criação de novos mecanismos de crédito de carbono voltados para florestas e agricultura de baixo impacto. A iniciativa busca atrair investidores privados, bancos multilaterais e governos estrangeiros, reforçando a ideia de que o Brasil pode ser protagonista no mercado global de soluções verdes.
Segundo a delegação brasileira, o país pretende ampliar a cooperação com parceiros estratégicos — especialmente União Europeia e Estados Unidos — e também fortalecer acordos com países africanos e latino-americanos que enfrentam desafios semelhantes em termos de adaptação climática.
No evento, autoridades brasileiras enfatizaram que o financiamento climático não pode ficar restrito a promessas e precisa se traduzir em investimentos concretos para regiões mais vulneráveis, como a Amazônia, o Cerrado e áreas costeiras ameaçadas pelo avanço do mar.
Analistas presentes ressaltaram que a postura brasileira marca uma tentativa de reposicionar o país como liderança global na agenda ambiental, depois de anos de desgaste diplomático. No entanto, o sucesso da estratégia dependerá de como essas soluções serão implementadas na prática e da confiança que o Brasil conseguirá transmitir aos investidores.http://jornalfactual.com.br