
A guerra comercial entre Brasil e EUA ameaça o poder de compra dos americanos e a competitividade do Brasil no mercado global.
Em julho de 2025, os Estados Unidos anunciaram uma tarifa de 50% sobre todos os produtos importados do Brasil, com vigência a partir de agosto. Essa medida, sem precedentes nas relações comerciais bilaterais entre os dois países, foi justificada por alegações de ameaça à segurança nacional e como resposta a práticas comerciais desleais.
Impacto no Brasil
Para o Brasil, a medida representa uma perda de competitividade no mercado americano. A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda estimou que a tarifa terá um impacto “modesto” de 0,2 ponto percentual no PIB brasileiro até 2026. No entanto, setores como cimento, máquinas, eletrônicos, móveis, produtos de metal, químicos, farmacêuticos, madeira, papel, metalurgia, têxteis e vestuário serão mais afetados, podendo enfrentar maior pressão no emprego.
Impacto nos EUA
Embora o Brasil represente apenas 1,4% das importações dos EUA, a imposição de tarifas de 50% pode ter impactos significativos em setores específicos, como alimentos (café, carne, sucos), minerais (ferro e níquel) e aeronáutica (Embraer). O encarecimento desses produtos pode levar a um aumento nos preços para os consumidores americanos, afetando seu poder de compra.
Resposta do Brasil
O governo brasileiro respondeu com medidas recíprocas, impondo tarifas sobre produtos americanos. Além disso, anunciou o “Plano Brasil Soberano”, um pacote de US$ 5 bilhões para apoiar empresas afetadas pelas tarifas, com créditos, isenções fiscais e prioridade em compras governamentais para pequenas empresas.
Conclusão
As tarifas impostas pelos EUA não afetam apenas o Brasil, mas também têm repercussões no poder de compra dos consumidores americanos. A interdependência econômica global significa que ações unilaterais podem ter efeitos em cadeia, impactando diversos setores e economias.http://jornalfactual.com.br