O consumidor palmense pode estar pagando muito mais caro do que deveria por alguns cortes de carne. É o que revela o monitoramento mensal realizado pelo Procon Tocantins, que identificou diferenças de preços chegando a 75% entre os estabelecimentos da capital.
A pesquisa avaliou 32 tipos de cortes — incluindo bovinos, suínos, frango, peixe e linguiças — em 10 pontos de venda, entre supermercados, açougues e atacadistas. O levantamento mostrou que a disparidade permanece significativa, mesmo em produtos considerados mais populares.
Diferenças que chamam atenção
Entre os destaques, está a costela dianteira, cujo preço variou de cerca de R$ 15,99 a R$ 27,99 o quilo. Outros cortes também apresentaram grande oscilação, como o frango inteiro, que registrou diferença superior a 66%, com valores entre R$ 8,99 e R$ 14,99.
Para o superintendente do Procon Tocantins, Euclides Correia, a pesquisa reforça a importância de o consumidor comparar preços antes de realizar a compra. Segundo ele, o monitoramento tem como objetivo orientar a população e evitar que diferenças abusivas impactem o orçamento familiar.
O diretor de Fiscalização do órgão, Magno Silva, acrescenta que a variação demonstra como a pesquisa de mercado pode resultar em economia significativa: “É comum encontrarmos o mesmo produto por valores muito distintos. Um simples hábito de comparação pode trazer economia real no fim do mês.”
Orientações ao consumidor
Além de avaliar preços, o Procon orienta a população a observar:
- Higiene e organização do local de venda
- Condições de armazenamento das carnes
- Rótulos e procedência dos produtos
- Aparência, odor e características visuais da carne
Caso o consumidor encontre irregularidades — como carne vencida, armazenada de forma inadequada ou com alteração de cor — pode registrar denúncia diretamente pelo WhatsApp do órgão: (63) 9 9216-6840.
Ações contínuas
O levantamento faz parte de um ciclo mensal de monitoramento, que busca garantir mais transparência e equilíbrio nas relações de consumo no Tocantins. Segundo o Procon, novos relatórios seguirão sendo divulgados para auxiliar famílias e orientar estabelecimentos sobre boas práticas de precificação.






