
Em um escândalo que choca consumidores e autoridades de saúde, uma fábrica de laticínios em Taquara, no Rio Grande do Sul, foi flagrada adulterando leite com substâncias altamente perigosas. Entre os ingredientes adicionados ao produto estavam soda cáustica, água oxigenada e até ração animal, segundo investigações do Ministério Público estadual.
O objetivo dessas práticas criminosas era aumentar o volume do leite e mascarar produtos vencidos ou fora do padrão de qualidade, colocando a saúde de milhares de pessoas em risco, especialmente crianças em escolas que receberam esses produtos adulterados.
Especialistas alertam que a ingestão dessas substâncias pode causar graves danos à saúde, incluindo intoxicações, queimaduras no sistema digestivo e risco aumentado de câncer. “Adicionar soda cáustica e água oxigenada ao leite é crime e uma afronta direta à vida humana”, afirma o médico toxicologista Dr. Felipe Andrade.
A investigação, conhecida como operação “Leite Compensado 13 – O Alquimista”, resultou na denúncia de 15 pessoas envolvidas no esquema. Produtos como leite UHT e leite em pó estavam sendo distribuídos clandestinamente em sete municípios gaúchos, muitos deles destinados a escolas públicas.
Consumidores são orientados a verificar a procedência do leite, conferir selos de qualidade e evitar marcas suspeitas. A Vigilância Sanitária e o Ministério Público reforçam a importância de denúncias para coibir práticas criminosas na indústria alimentícia.
Este episódio levanta novamente a necessidade urgente de fiscalização rigorosa e punição exemplar para proteger a saúde pública. O leite, alimento básico e essencial, foi transformado em um produto mortal por ganância e negligência.http://jornalfactual.com.br