
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga irregularidades no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) recebeu, nesta semana, um alerta grave da Defensoria Pública da União (DPU). A defensora pública responsável pela apuração afirmou que fraudes sistemáticas no INSS vêm ocorrendo desde 2019, causando prejuízos bilionários aos cofres públicos e comprometendo a vida de milhões de brasileiros que dependem dos benefícios previdenciários.
Segundo a defensora, o esquema envolve desde a concessão indevida de aposentadorias e pensões até o pagamento de auxílios irregulares, com a participação de servidores, atravessadores e falsificadores de documentos. “Estamos diante de um esquema que sangra o erário e atinge diretamente os cidadãos de boa-fé que esperam anos por um benefício legítimo”, destacou.
A DPU ressaltou que os mecanismos de controle do INSS falharam em impedir as fraudes, permitindo que os desvios se acumulassem ao longo dos últimos cinco anos. O alerta acendeu a pressão sobre o governo federal e os órgãos de fiscalização para que apresentem medidas urgentes.
Parlamentares que participam da CPMI afirmaram que o caso exige responsabilização rápida e mudanças estruturais. Alguns chegaram a classificar a situação como “um escândalo que rivaliza com os maiores casos de corrupção já revelados no país”.
Enquanto isso, milhares de brasileiros aguardam meses – e até anos – para obter a análise de seus pedidos de aposentadoria e benefícios, enfrentando longas filas, burocracia e cortes. Para especialistas, as fraudes ampliam o desequilíbrio do sistema previdenciário e fragilizam a confiança da população.
A expectativa é de que a CPMI convoque ex-dirigentes do INSS e representantes do Ministério da Previdência para prestar esclarecimentos. O relatório final da comissão deverá propor novos mecanismos de combate às fraudes, punições exemplares e a modernização do sistema para garantir transparência e segurança.http://jornalfactual.com.br