Enquanto isso, outro céu político se movimenta. A União Europeia, solar e expansiva, irradia luz sobre suas nações, tentando aquecer a coesão interna e manter o equilíbrio entre tantas diferenças. A Rússia, por sua vez, é lunar e enigmática, guardando segredos nas sombras e projetando sua influência como marés invisíveis que moldam continentes.
Cada reunião entre ambos é como um eclipse: momentos de sombra e claridade se alternam. Há instantes em que a escuridão cobre os discursos, e outros em que um raio de cooperação atravessa as nuvens, revelando a possibilidade de acordos.
Essa dança não é apenas estética, mas estratégica. O Sol europeu tenta iluminar rotas comerciais, impor sanções ou abrir negociações; a Lua russa, silenciosa e constante, responde com movimentos calculados, como quem regula as marés geopolíticas.
As decisões que surgirem dessa coreografia determinarão não apenas correntes comerciais, mas também os ventos estratégicos que soprarão sobre o planeta. Um eclipse pode ser belo, mas também anuncia que forças opostas estão alinhadas — e quando o Sol e a Lua dividem o mesmo horizonte, o mundo prende a respiração, à espera do que virá depois da penumbra.https://jornalfactual.com.br/








