
O Brasil acaba de alcançar uma marca histórica na luta contra as queimadas: o país registrou, no primeiro semestre de 2025, o menor número de focos de calor dos últimos 12 anos. Segundo dados oficiais do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram contabilizados 19.277 focos de calor entre janeiro e junho, uma redução de 46,4% em relação ao mesmo período de 2024.
Além disso, a área total queimada também despencou. O território afetado caiu de 3,1 milhões de hectares para cerca de 1 milhão — queda de 65,8%. O resultado representa não apenas um marco ambiental, mas também um reflexo de ações coordenadas de prevenção e combate ao fogo em todo o território nacional.
📉 Queda expressiva em diferentes biomas
Os dados mostram reduções significativas em quase todos os biomas brasileiros:
Pantanal: destaque absoluto, com queda de 97,6% nos focos de calor. Foram apenas 86 registros em 2025 contra mais de 3,5 mil no mesmo período de 2024.
Amazônia: redução de 61,7%, com 5.169 focos (contra 13.489 no ano passado).
Mata Atlântica: diminuição de 33,3%.
Cerrado: redução de 33,1%.
Em contrapartida, Caatinga e Pampa tiveram aumento nos registros, o que acende o alerta para medidas mais específicas nessas regiões.
🔥 Julho confirma tendência positiva
O cenário positivo também se manteve em julho: o mês teve 9.713 focos de calor, contra 22.487 em julho de 2024 — uma queda de 56,8%. Já as áreas queimadas diminuíram em 61% no período.
No Pantanal, a redução foi ainda mais expressiva: apenas 39 focos em julho, uma queda de 96,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
✅ O que explica a redução?
Especialistas apontam dois fatores principais para esse resultado:
Clima menos severo em 2025 – chuvas mais regulares e menor incidência de secas extremas ajudaram a conter incêndios naturais.
Ações de prevenção e monitoramento – o fortalecimento de brigadas de combate, uso de satélites de alta resolução e operações conjuntas entre União, estados e municípios.
🌱 Um marco para o meio ambiente
O Brasil ainda enfrenta desafios na gestão do fogo, especialmente em biomas mais vulneráveis. Mas a queda registrada em 2025 é considerada um avanço sem precedentes na última década, trazendo esperança de que o país possa consolidar uma nova tendência de preservação ambiental.